TikTok enfrenta restrições na Nova Zelândia após ser banido no Reino Unido
O TikTok é uma rede social que permite aos usuários criar e compartilhar vídeos curtos com música, efeitos e filtros. A aplicação tem mais de 800 milhões de utilizadores ativos em todo o mundo e é especialmente popular entre os jovens.
No entanto, o TikTok também tem enfrentado várias críticas e acusações de violar a privacidade dos utilizadores, censurar conteúdos sensíveis e ter ligações com o governo chinês. Por esses motivos, alguns países têm imposto restrições ou proibições ao uso da aplicação nos seus territórios.
Um desses países é o Reino Unido, que anunciou em janeiro de 2023 que iria banir o TikTok dos dispositivos governamentais por questões de segurança nacional. O governo britânico também disse que iria rever as políticas de proteção de dados da aplicação e que poderia tomar medidas adicionais se necessário.
Agora, a Nova Zelândia segue os passos do Reino Unido e também decide proibir o TikTok nos aparelhos oficiais disponibilizados aos membros do parlamento. A medida foi comunicada pelo chefe-executivo do Serviço Parlamentar, Rafael Gonzalez-Montero, que disse que a decisão foi tomada após aconselhamento de especialistas em segurança digital e discussões dentro do governo e com outros países.
A proibição do TikTok na Nova Zelândia abrange também os membros das Forças Armadas e os integrantes do Ministério das Relações Exteriores e Comércio. A regra deverá ser implementada até ao final de março de 2023 e visa proteger as informações confidenciais e evitar potenciais riscos à soberania nacional.
O TikTok não é a única aplicação chinesa que tem sido alvo de restrições na Nova Zelândia. Em 2022, o país já tinha proibido a Huawei de fornecer equipamentos para a rede 5G por motivos semelhantes.
O TikTok ainda não se pronunciou sobre a proibição na Nova Zelândia, mas já tinha negado anteriormente as acusações de espionagem ou influência política. A empresa afirmou que respeita as leis locais dos países onde opera e que não partilha dados dos utilizadores com nenhuma entidade governamental.
No entanto, essas declarações não parecem ter convencido os governos preocupados com a segurança dos seus cidadãos e dos seus interesses nacionais. O futuro do TikTok parece incerto num cenário cada vez mais hostil às aplicações chinesas.